terça-feira, 24 de novembro de 2015

Comportamento do espírita

Ao que consta, a Doutrina Espírita veio mostrar a necessidade de o homem redimir-se, educando-se para a correção dos erros pretéritos, buscando confraternizar-se com os desafetos do passado e não procurando fazer outros na vida presente, bem como trabalhar os sentimentos mesquinhos promovendo a chamada Reforma Íntima.

Muitos sobem ao palanque espírita disfarçados de brilhantes oradores, proferindo palestras com uma crosta de humildade e muitas palavras bonitas, porém vazias... Tentando convencer aos outros de que é um trabalhador exemplar do movimento espírita e uma boa pessoa no dia-a-dia, enganam até a si mesmos, visto que, caem no jargão da mentira contada e neste caso, também pensada, várias vezes, até que vire uma verdade... Solidários e amigos... até demais, porém, a uma rápida observação, vê-se que a bondade só é exercida quando há interesses pessoais em jogo. Em sentido paralelo, vemos as casas espíritas brigarem por público transformando o espaço que deveria ser de comunhão, em um ringue e não fica apenas nisso, as casas espíritas estão se transformando em um local onde o senso do capitalismo, da “minha farinha primeiro” fala mais alto.

No bojo deste processo, vemos os “irmãos/companheiros” sentirem-se satisfeitos, quando os que julgam ser seus concorrentes não obter sucesso em algum empreendimento. O que implica em dizer que apesar de se vangloriarem de anos de estrada no trabalho espírita, nada aprenderam: caridade, humildade, respeito, solidariedade são palavras que não existe no dicionário pessoal, apenas no dos outros, quando cobram que ajam respeitosamente consigo. A Doutrina para estes é uma forma de encobrir sua verdadeira face, a da maledicência aliada à arrogância. Eis outro ponto que denota a falta de aprendizagem, a verdadeira vitória não é receber louros e ter o ego inflado, a verdadeira vitória é a da perseverança no trabalho do bem, é ter a certeza de que se tenta viver a Doutrina dentro dos padrões propostos pelos Espíritos Superiores, é não se sentir vitorioso diante da ignorância alheia, é não se arvorar em grande conhecedor da natureza humana e dos espíritos, pois no fundo, a uma simples e lúcida observação, percebe-se que não passam de mentes enganadas pela própria incompetência.

Nenhum comentário:

Postar um comentário