terça-feira, 24 de novembro de 2015

Obsessão

Seria engraçado, mas infelizmente é trágico. A obsessão grassa em todos os espaços, logo, porque a casa espírita e seus trabalhadores estariam imunes ao assédio dos Espíritos?

É ponto concorde na literatura espírita que os agrupamentos que buscam levar um trabalho de conscientização e equilíbrio são os mais visados pelas esferas inferiores. Porém, ao que tudo indica, os trabalhadores da causa Espírita, imbuídos do espírito da vaidade de que são conhecedores da natureza íntima dos espíritos e de que estão protegidos por terem esse conhecimento, desdenham os alertas.

Mas que incautos! Muito facilmente são envolvidos na rede de obsessões, pois, os espíritos desencarnados, conhecem bem mais o lado de cá, do que nós o lado de lá.

Arrojados por uma capa de santidade, principalmente dentro da casa Espírita, mas prepotentes e vaidosos por dentro, julgam que fazer palestras que suponham brilhantes e inteligentes, dar passes e incorporar espíritos já os coloca em uma poltrona sentados do lado direito do Criador.

E a situação tende a complicar e tornar-se insuportável, quando são os dirigentes e coordenadores as vitimas da obsessão, ainda mais quando esse dirigente se diz em contato direto com Jesus que lhe delegou uma brilhante mediunidade para fazer curas, incorporar apenas espíritos de luz, psicografar mensagens cujo teor não passa de elogios banais a fatos corriqueiros da matéria e incentivar a que transforme a casa Espírita em mais um templo religioso onde a Ave Maria, o Pai Nosso e o Credo são constantes e recitados em conjunto pelo coro de frequentadores amorfos que nem mesmo para uma pequena prece são voluntários. Hipnotizados pela ilusão, não percebem um palmo adiante do nariz e nem aceitam os alertas que partem dos mais equilibrados que logo são acusados de estarem sob influência de forças malignas para desestruturar o trabalho do bem.

O Espiritismo agoniza liderado por incompetentes místicos e sem estudo das Obras Básicas, pois que leem e recomendam apenas a literatura que podemos chamar de “fast-food” e já se arvoram de profundos conhecedores de todos os meandros da Doutrina Espírita.

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