terça-feira, 24 de novembro de 2015

Mediunidade

Estudar a Mediunidade entender os seus mecanismos e educar sua ação são fundamentais para a formação de um médium consciente, entretanto, não basta apenas ser um bom médium se não buscar a reforma moral.

Os trabalhadores da seara espírita nem sempre dão importância para o item moral, por achar que este fator não trará influência alguma sobre a prática mediúnica e apesar das advertências que partem de encarnados e desencarnados, permanecem na ilusão de que apenas a prática ostensiva do fenômeno já os torna bons e profundos conhecedores da Doutrina. E isso é claramente notado na arrogância com a qual se exprimem ao falar sobre determinado assunto, querendo passar a imagem de grandes conhecedores quando na realidade nunca ouviram falar e ainda criticam com azedume o companheiro que lhes tenta esclarecer. É como a história da música popular que fala do caviar... Mas pelo menos nesta, existe a honestidade do interlocutor que diz que não conhece e nunca comeu, só ouviu falar.

O estudo que poderá dar maiores condições para o aprimoramento moral e intelectual do médium é esquecido e, poderá até demorar, mas, uma hora, serão fortemente influenciados por espíritos ainda em condições morais inferiores. Por outras vezes, a influenciação já existe, porém a falta de conhecimento sobre essa ação, não os deixa perceber a sua existência. É preciso entender, que ainda não alcançamos graus superiores de elevação e que por isso mesmo é muito fácil se aproximarem de nós aqueles que se encontram na mesma faixa vibratória. Se essa vibração for superior, atrairemos para o nosso lado entidades boas, se for inferior destilando raiva, violência e maledicência espíritos do mesmo quilate, ou seja, inferiores.

Não existem médiuns essencialmente perfeitos, existem médiuns que já tomaram consciência da necessidade de se aprimorar e que sabem que esse processo só poderá se fazer através da reforma moral aliada à aquisição de conhecimentos.

Analisar as mensagens, sejam escritas ou não, é um critério ligado ao bom senso, seja qual for o desencarnado que a traga. É preciso fugir do personalismo altamente prejudicial em todos os âmbitos, pois ele cega e não deixa que o bom senso perceba as armadilhas que a ilusão produz. Mensagens elogiosas para o médium ou para algum trabalhador da casa devem ser metodicamente analisadas à luz da razão, mesmo que aquele que as assine se diga o próprio Allan Kardec, e neste sentido é que o senso de desconfiança deve mesmo se sobrepor, pois o mestre de Lyon era altamente cauteloso e se observava e questionava detalhadamente cada comunicação que lhe chegava, com toda certeza não estaria hoje no mundo espiritual rasgando elogios a encarnados que ainda não aprenderam o simples significado do vocábulo discernimento.

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